Uns, com os olhos postos no passado,
Vêem o que não vêem: outros, fitos
Os mesmos olhos no futuro, vêem
O que não pode ver-se.
Por que tão longe ir pôr o que está perto —
A segurança nossa? Este é o dia,
Esta é a hora, este o momento, isto
É quem somos, e é tudo.
Perene flui a interminável hora
Que nos confessa nulos. No mesmo hausto
Em que vivemos, morreremos. Colhe
o dia, porque és ele.
Fernando Pessoa
Querida Claudia, a ilusão só a inocência a vê, porque não vê!
ResponderExcluirMas é bom sonhar, viver o engano da ilusão, em sonhos por vezes bem quiméricos, é tão belo nascer todos os dias e viver.
Beijo, querida.
Carlos
(Pessoa é uma inspiração).